Com o estresse diário, excesso de químicas e hábitos que podem prejudicar a saúde dos cabelos, uma análise profunda da fibra capilar pode salvar as madeixas fragilizadas. O profissional que pode ajudar a identificar patologias é o terapeuta capilar, especialista que estuda o couro cabeludo e a fibra em busca de uma solução para problemas como caspa, queda, oleosidade e quebra dos cabelos.
Análise e sessões de tratamento para resolver problemas do couro cabeludo
O procedimento para buscar as falhas no ciclo do fio é chamado tricograma, um histórico capilar que identifica problemas de oxigenação, irrigação, nutrição e ajuda a na prevenção de possíveis doenças no couro e na fibra do cabelo: "É feita uma análise, com uma câmera que aumenta o fio em 200 vezes, para detectar oleosidade, caspa e outras coisas. Depois da avaliação montamos um tratamento baseado na saúde dos fios, com cosméticos de base natural, como argila e óleos, para resolver o problema detectado. O ideal é fazer uma sessão semanal, de cinco a dez semanas dependendo do que precisa ser tratado", explica a terapeuta capilar Cláudia Santos.
Além das sessões em clínica especializada, quem busca um terapeuta para as madeixas também faz um tratamento em casa, que funciona para reaprender a higienizar os fios. Segundo a terapeuta, colorações, cortes e alisamentos estão liberados durante o tratamento, mas produtos do dia-a-dia, como shampoos, condicionadores e finalizadores precisam ser alinhados com os usados nas sessões de terapia para construir a saúde dos fios do nascimento, no bulbo, até as pontas.
Diferenças entre terapeutas, dermatologistas, tricologistas e cabelereiros
Apesar de realizar cortes durante as sessões, que segundo a profissional, servem para corrigir problemas na fibra do cabelo, Cláudia conta que o principal foco da terapia é o couro cabeludo. É esta função que diferencia o terapeuta de um cabeleireiro, cujo foco é em química e extensão das madeixas. Quanto aos profissionais que tratam da derme, a profissional explica que por serem especializados, são os mais indicados para tratamentos mais sérios que chegam à clínica. "Quando a análise é feita, podemos identificar casos graves, como manchas ou uma forte alopecia (a queda dos fios) e indicamos que primeiro o cliente procure um médico. O terapeuta capilar não lida com medicamentos e exames mais profundos, como o tricologista e o dermatologista, e é melhor para a saúde dos cabelos que o cliente passe por um profissional especializado primeiro", explicou.
Para ser um terapeuta capilar, é preciso fazer um curso de especialização, que pode ter duração variada. Quem trabalha com estética consegue encontrar cursos com poucos meses de duração, mas não é preciso estar nesse mercado para seguir a profissão, segundo Cláudia. O curso pode ser feito separadamente, ou como especialização de tricologistas, visagistas e cabeleireiros em universidades brasileiras.
Matéria publicada em 09 de abril de 2021, por Webedia.