Quem está por dentro dos produtos de beleza e dermocosméticos com certeza já ouviu falar dos ácidos para pele. Eles são ótimas soluções no tratamento de manchas, rugas, espinhas e ainda ajudam a hidratar a atenuar olheiras, ressecamento e os primeiros sinais de envelhecimento na pele.
Além dos benefícios, também é importante estar sempre atenta ao uso correto dessas substâncias, afinal, a eficácia de qualquer tratamento com ácidos depende muito de como eles são utilizados e dos cuidados que temos com esses produtos.
Para te ajudar a entender melhor sobre esses ativos, nós separamos tudo o que você precisa saber sobre os principais ácidos indicados pelos dermatologistas, para que servem e como usar cada tipo de acordo com as suas necessidades. Confira!
- Ácido hialurônico
O ácido hialurônico é o queridinho dos produtos de skincare. Ele é conhecido pelas suas propriedades hidratantes, que garantem mais viço e deixam a pele com um aspecto mais liso e macio. Esse ativo funciona preenchendo os espaços entre as células do tecido conjuntivo, suavizando marcas, linhas de expressão e rugas. Por isso, ele é indicado para quem procura manter uma pele rejuvenescida e livre de flacidez.
O ácido hialurônico é produzido naturalmente pela pele humana. O que acontece é que com o tempo a produção vai caindo e, por isso, começam a aparecer os primeiros sinais de envelhecimento na pele, principalmente no rosto.
Boa parte dos produtos para pele comercializados contém ácido hialurônico em sua fórmula. Ele também possui uma boa adaptação na pele, raramente gera alergias ou irritações e não precisa de cuidados extremos. Você pode apostar em apenas um creme que contenha o ácido hialurônico ou combinar com outros que sejam direcionados para áreas mais específicas, como olhos e testas que costumam ser mais sensíveis.
- Ácido retinóico
O ácido retinóico atua no clareamento das manchas, aumento da produção de colágeno e prevenção do envelhecimento precoce. Ele tem origem da vitamina A e tem uma forte atuação na renovação celular, além de diminuir espinhas e cicatrizes de acne. Ele é sempre indicado nos tratamentos de peles que sofrem com acne e oleosidade e seus produtos precisam sempre de prescrição médica.
O ácido retinóico deixa a pele bem mais fina e sensível, principalmente durante o período de tratamento. Por isso, é fundamental manter uma rotina de cuidados básicos e prestar muita atenção na quantidade de produto aplicada. Qualquer exagero pode levar a efeitos efeitos colaterais como ardência, vermelhidão, descamação, ressecamento, alergias ou irritações. O seu uso deve sempre ser feito com acompanhamento de um dermatologista e, em alguns casos, é preciso mudar a dose ou até mesmo suspender o tratamento.
- Ácido glicólico
O ácido glicólico tem origem da cana de açúcar e é capaz de promover uma renovação celular e hidratação da pele ao mesmo tempo, além de suavizar manchas de espinhas e combate o fotoenvelhecimento. Ele costuma ser usado na composição de cremes e loções para tratamentos anti acne ou em procedimentos como peeling, promovendo uma descamação da camada superficial e originando uma nova mais uniforme.
Assim como o ácido retinóico, produtos com ácido glicólico precisam ser indicados por um profissional e usados com cautela. Em peles muito sensíveis, ele pode causar vermelhidão, ardência, irritação, queimação e até lesões. Antes de aplicar, lave bem o rosto com um sabonete de limpeza facial. Em seguida, passe o produto nas regiões que precisam de tratamento. Depois, basta finalizar com um protetor solar. O ácido glicólico pode ser usado sozinho ou junto com outros ativos na mesma fórmula.
- Ácido salicílico
Ácido salicílico é um beta-hidroxiácido que age na camada mais superficial da pele. Ele é indicado nos tratamentos anti acne e em combate a oleosidade, sendo indicado nos casos de espinhas mais severas. O ácido salicílico também possui propriedades anti inflamatórias e previne a contaminação de fungos e bactérias na pele.
Assim como outros ativos, ele promove a renovação celular e estimula a produção de novas. Sua atuação estimula uma descamação que afina a camada mais espessa da pele. Por isso, e durante o tratamento com ácido salicílico a pele fica muito mais fina e sensível.
- Ácido azelaico
Ácido azelaico age na produção da melanina, ajudando a clarear as manchas de acne e a tratar e prevenir espinhas. Ele é encontrado na forma de gel ou creme e é indicado para tratar também hiperpigmentação, melasma e até foliculite. A substância age contra a propionibacterium acnes, bactéria causadora das espinhas. Ele deve ser aplicado nas áreas afetadas e em pequenas quantidades.
Um dos efeitos é o afinamento da espessura da epiderme e pode deixar a pele mais ressecada. Por isso, ele pode ser associado a outros ativos com ingredientes hidratantes. Assim como todos os outros ácidos, é importante sempre fazer uso do filtro solar e evitar exposições ao sol durante o tratamento.
- Ácido kójico
Esse ácido age inibindo a produção de melanina, clareando manchas e deixando o tom da pele mais uniforme. Ele tem ação antioxidante e pode ser encontrado na forma de creme, gel e loções. Uma vantagem do ácido kójico é que ele pode ser usado tanto de dia quanto de noite, pois as reações costumam ser mais leves. Mesmo assim é sempre importante fazer uso de protetor solar.
Ele é um clareador com ação mais gradual e deve ser aplicado em camadas finais nas áreas manchadas. O ácido vai aos poucos despigmentando regiões escurecidas fazendo com que as manchas fiquem cada vez mais claras. Ele é uma boa opção para quem sofre com hipersensibilidade na pele ou com reações alérgicas a outros ácidos.
- Ácido mandélico
O ácido mandélico é encontrado em dermocosméticos para tratamentos de manchas e melasma. Sua principal ação é despigmentante. O ácido mandélico é derivado das amêndoas e é uma boa opção para as peles secas e intolerantes ao ácido glicólico. Ele é mais suave que outros ácidos e pode ser usado em todos os tipos de pele.
- Ácido L-ascórbico
O ácido L-ascórbico é a tradicional vitamina C e ajuda a proteger a pele dos efeitos do sol, como a radiação UVA e UVB. Ele possui uma ação antioxidante que combate os radicais livres e fotoenvelhecimento. O ácido L-ascórbico também é indicado para reduzir manchas escuras mais brandas. Além disso, a vitamina C tem a função de estimular a produção de colágeno, reduzindo rugas, linhas de expressão e flacidez.
Assim como o ácido hialurônico, a vitamina C pode ser encontrada em muitos produtos dermatológicos, como hidratantes. Não há cuidados específicos após o uso do ácido e os efeitos colaterais costumam ser mais raros e leves. Em todo caso, o uso do protetor solar é indispensável.
Cuidados básicos ao usar produtos com ácidos na fórmula:
Qualquer tratamento dermatológico feito com uso de ácidos precisa de cuidados básicos. O ideal é sempre aplicar com a pele limpa, mantendo distância dos olhos e lábios. Antes de aplicar no rosto, passe um pouco no braço ou na perna como teste e observe por 24 horas.
Nos primeiros dias de uso, é indicado aplicar de duas a três vezes por semana. Se você perceber que não teve alergia ou efeitos colaterais, ele pode começar a ser usado diariamente.
Ao sentir qualquer sinal de irritação, coceira, vermelhidão e ardência, lave bem o rosto e procure um dermatologista para falar sobre a reação. Não se esqueça de usar sempre protetor solar, até nos tratamentos com ácidos mais suaves. O protetor, além de proteger da radiação solar, evita o aparecimento de novas manchas.
Matéria publicada em 06 de abril 2021, por Webedia.