Que o uso diário do protetor solar é fundamental não é novidade. Afinal, os dermatologistas são unânimes ao confirmar a gravidade dos efeitos nocivos causados pela luz do sol sobre a pele. Porém, muitas pessoas ainda deixam o produto de lado durante os dias nublados ou até mesmo ao longo dos meses mais frios do ano, ignorando o fato de que os raios UV estão sendo irradiados o tempo todo.
"Durante o inverno, ainda há a exposição à radiação ultravioleta, mesmo com o tempo nublado. Mas, quem tem o hábito de usar o filtro solar com FPS 60 pode reduzi-lo para até 30, exceto em locais ainda muito expostos a radiação, como nas cidades próximas da linha do Equador. Nestas, é necessário manter durante todo o ano fotoproteção alta", explica a dermatologista Renata Marques, da Clínica Dicorp.
Uso do protetor solar é indispensável ao longo do ano inteiro
Os dias ensolarados e as ocasiões em que a exposição ao sol será excessiva tornam o uso do protetor indispensável. No entanto, quem deseja manter a pele saudável deve investir no item do verão ao inverno, já que a prevenção contra os malefícios dos raios ultravioleta deve ser realizada ao longo do ano inteiro. Para garantir sua eficácia, o fator de proteção solar deve ser de no mínimo 30, e pode variar conforme a tonalidade da pele de cada pessoa.
Embora o FPS deva ser aumentado nas ocasiões em que a incidência do sol está mais forte, como nos meses de verão, o contrário não acontece em dias mais frescos, já que a chuva, o frio ou até mesmo o céu nublado não significam imunidade às radiações solares. Afinal, mesmo nas ocasiões em que não é possível perceber o efeito do sol, seus raios continuam sendo irradiados da mesma forma.
"Os raios ultravioletas continuam presentes mesmo que mais fracos em intensidade, por isso, nada de diminuir o fator de proteção no inverno. Além disso, mesmo que o tempo esteja totalmente nublado temos que nos preocupar também com as outras radiações que não enxergamos como é o caso dos raios infravermelhos também emitidos pelo sol", garante a dermatologista Vanessa Metz.
Textura do produto deve ser adequada conforme a temperatura
Mesmo quem passa a maior parte do tempo em ambientes fechados fica exposto à radiação solar por cerca de catorze horas semanais. Enquanto os raios UVB e UVC são retidos pelas janelas, os raios UVA - que provocam o maior malefício - conseguem ultrapassar esta barreira. Além disso, aparelhos eletrônicos, como o computador, emitem luz artificial que pode causar danos à pele a longo prazo.
A única alteração que pode ser feita em relação ao protetor solar levando em consideração a temperatura é a sua textura. Nos meses de verão, em que a pele tem tendência a ficar mais oleosa, vale dar preferência a fórmulas em gel. Já nas estações mais frias, nais quais a pele fica ressecada, a melhor opção são os protetores em creme, capazes de devolver o viço e a hidratação perdida.