Conhecido pelas manchas brancas que surgem na pele, o vitiligo é uma doença autoimune que tem tratamento. Ainda não há explicações bem definidas sobre a causa da diminuição de melanina em certas áreas do corpo, mas fatores emocionais e histórico da família podem desencadear o problema.
Mesmo não sendo transmissível e não afetando diretamente a saúde, vale lembrar que quem tem vitiligo precisa, sim, de cuidados específicos com a pele no dia a dia. Quer saber quais são? Para entender melhor sobre a doença, seus sintomas, tipos e como cuidar da pele com vitiligo, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o assunto. Confira!
Quais são os principais sintomas do vitiligo?
O principal sintoma do vitiligo é o aparecimento de manchas brancas e bem delimitadas pelo corpo. Elas podem surgir pequenas e aumentar de tamanho conforme a doença evolui. Isso acontece porque as células responsáveis pela produção de melanina começam a ser atacadas pelo sistema de defesa do organismo. Por isso ela é classificada como uma doença autoimune, pois é como se o próprio corpo estivesse combatendo ele mesmo.
- Além da pele, pessoas com vitiligo também podem ter uma perda de pigmentação dos pelos, como cabelos, cílios, barba, e em mucosas, como boca e nariz.
O diagnóstico: deve ser feito pela observação dos sinais na pele e exames laboratoriais, como coleta de sangue e biópsia. Geralmente, pessoas com pele mais clara demoram mais tempo para identificar as manchas e os dermatologistas costumam usar uma lâmpada especial, conhecida como lâmpada de Wood para identificar as lesões. Não deixe de procurar um profissional sempre que perceber qualquer mancha mais clara que o seu tom de pele. Quanto mais cedo o vitiligo for identificado, mais fácil de controlar.
Tipos de vitiligo: saiba quais são e suas diferenças:
O vitiligo pode ser classificado em dois tipos: localizado e generalizado.
- O vitiligo localizado (segmentar ou unilateral) atinge em pontos específicos da pele com uma mancha com formatos mais delimitados. É o mais comum e costuma ter uma evolução mais rápida seguida de uma estabilização;
- O vitiligo generalizado (não segmentar ou bilateral) surge mais nas extremidades e nos mesmos locais em ambos os lados do corpo. Por exemplo, nas duas mãos, nos dois pés, duas pernas. As manchas são maiores e demoram um pouco mais para se estabilizar.
Além disso, existe um caso mais raro de vitiligo que atinge cerca de 70% do corpo. É o vitiligo universal em que as manchas abrangem diversas áreas do corpo.
O que causa o vitiligo? Doença pode estar relacionada a fenômenos autoimunes
As causas não são totalmente definidas, mas histórico familiar e fatores externos podem estar relacionados ao vitiligo. Já o estresse e outras alterações emocionais podem desencadear o problema, mas é é preciso já ter uma predisposição genética. Pessoas com diabetes e distúrbios na tireoide também têm mais chances de sofrerem com a despigmentação.
Vale lembrar que o vitiligo pode acontecer em qualquer pessoa, mas costuma ser mais frequente em pessoas com pele negra. Por ser uma doença autoimune, ele surge a partir de algum desequilíbrio do sistema imunológico. Geralmente, as manchas começam a surgir antes do 20 anos e se estabilizam ainda na juventude. Mas isso não significa que elas não possam aparecer na velhice.
Protetor solar no rosto e corpo são cuidados diários fundamentais
A pele com vitiligo é muito sensível e, por causa da queda da melanina, fica mais desprotegida do sol. Por isso, o protetor solar é indispensável, todos os dias, seja ensolarado, nublado ou com chuva. Aplique bem nas manchas brancas para evitar que elas fiquem vermelhas e irritadas.
Outra recomendação importante é ter cuidado com a exposição ao sol. Evite os horários entre 10h e 16h e reaplique o protetor a cada duas horas. A hidratação da pele também precisa ser reforçada, mas não é preciso usar nenhum produto específico. Basta escolher o melhor creme de acordo com cada tipo de pele.
Tratamentos incluem uso de pomadas a base de corticoides e até fototerapia
O vitiligo não tem cura, mas há tratamentos que podem ajudar a pele a recuperar a pigmentação em algumas regiões e controlar o aparecimento de outras manchas. Os dermatologistas costumam indicar pomadas a base de corticoides, loções e fototerapia. Alguns medicamentos que atuam diretamente no sistema imunológico também podem ser uma opção. Cada tratamento vai depender da intensidade das lesões e de como o corpo do paciente reage.
Estresse e alterações emocionais podem agravar o problema
É importante reforçar que além das lesões estéticas, o vitiligo também pode afetar o psicológico do paciente. A doença é repleta de estigmas e preconceitos e muitas vezes, pessoas com vitiligo acabam desenvolvendo baixa autoestima e inseguranças com o próprio corpo. O processo de aceitação da doença precisa ser incluído como um tratamento fundamental, pois o emocional pode agravar os efeitos do vitiligo na pele e prejudicar a estabilidade da doença.
Matéria publicada em 06 de abril 2021, por Webedia.