Você sabia que o estresse também causa espinhas? Além de trazer outros problemas para a pele - como o envelhecimento precoce e olheiras -, ele também pode resultar no aparecimento de acne por afetar os hormônios e a produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas. Confira a matéria para entender como acontece essa relação!
Estresse aumenta o cortisol e acelera a produção das glândulas sebáceas
Produzidas através das glândulas e folículos da derme, as glândulas sebáceas são responsáveis por lubrificar e proteger a superfície da pele - criando uma espécie de gordura junto com o suor para realizarem essa função. No entanto, se esse sebo for produzido em excesso, em vez de funcionar apenas como uma barreira de proteção, pode aumentar a oleosidade e causar acne.
Em entrevista ao site Byrdie, a dermatologista Margarita Lollis revelou que um dos problemas gerados pelo estresse é, justamente, essa produção excessiva: "o estresse contribui para que o corpo aumente alguns hormônios no sangue, como o cortisol, o que faz com que as glândulas sebáceas produzam mais óleo", explica. Para quem não sabe, o cortisol é o hormônio responsável por preparar o nosso corpo em situações de perigo - mas, nos picos de estresse, ele passa a ser prejudicial por ser liberado em maior quantidade e no momento errado.
A outra especialista entrevistada pelo site - Elizabeth Tanzi, fundadora e diretora de uma clínica de cuidados com a pele e professora da Universidade George Washington - concorda com a dermatologista e acrescenta que esse aumento pode inflamar a pele - causando a temida acne e até círculos escuros no olho.
Peles naturalmente oleosas correm mais riscos
Como o maior problema do estresse é o aumento do cortisol no sangue e, consequentemente, da produção de sebo, já dá para imaginar que a pele oleosa é a mais prejudicada, certo? Embora as naturalmente secas e normais também possam ser afetadas, as que já apresentam oleosidade excessiva sofrem mais com os efeitos colaterais, como explica a dermatologista Margarita Lollis: "se a sua pele já é oleosa, o estresse só vai produzir mais óleo, causando poros entupidos, bactérias".
No entanto, como o aumento da produção de sebo não é o único efeito negativo, vale alertar que todos os tipos de pele precisam tomar cuidados. O comprometimento da barreira de proteção, por exemplo, é um dos principais problemas: "o estresse crônico pode reduzir a função de barreira da pele, de modo que ela pode ficar mais irritada pelos produtos e pela exposição ambiental", esclarece Elizabeth Tanzi.
Cuidados com o bem-estar e com a rotina de beleza ajudam a resolver o problema
A boa notícia para quem está enfrentando o problema é que dá para sair desse círculo vicioso de estresse e acne tomando algumas medidas - que vão dos cuidados com a saúde mental à rotina de beleza.
Na questão do bem-estar, Margarita Lolis afirma que o segredo é descobrir qual é a crise central para aprender a gerenciar o estresse e, depois, fazer um balanço na rotina: "meditação diária e a prática de avaliações que desencadeiam o estresse podem ajudar. Também é útil o gerenciamento de horários de trabalho, permitindo tempo para se cuidar e fazer exercícios físicos", orienta.
Já na rotina de cuidados com a pele, é importante priorizar produtos livres de óleo na composição e fazer uma limpeza profunda todos os dias, de manhã e antes de dormir. Para Elizabeth Tanzi, a acne causada pelo estresse deve ser tratada da mesma maneira que a espinha na pele seca - e, por isso, os produtos leves, como a água micelar, são os mais recomendados para a função: "em geral, eu escolheria tratamentos para acne feitos para pele sensível, porque eles não vão secar ou irritar", diz.
Dica: Em casos extremos, você também pode associar esses cuidados com uma limpeza de pele profunda, sem deixar de consultar um dermatologista para que ele indique a melhor opção para o seu caso.
Matéria publicada em 02 de março 2021, por Webedia.