As tranças são práticas e funcionam sozinhas ou para complementar um penteado mais simples. Em alta depois de aparecer nas últimas temporadas de moda, o tradicional estilo já faz parte dos penteados há mais de dois mil anos e tem papel importante na história e identidade de diversos povos. Os índios nativos americanos são um dos grupos marcados pelas tranças, que assim como o visual moicano, até hoje nos remete às tribos que existiam e que ainda existem nos Estados Unidos.
Cada uma das mais de 500 tribos que viviam no território norte-americano tinha seu modo próprio de usar as tranças. O penteado ficou popular entre os nativos porque além de manter os fios lisos e grossos sempre arrumados, era um método de mostrar o status e religiosidade. Para as mulheres, as tranças ainda tinham um outro significado, o de mostrar o estado civil. Enquanto as solteiras usavam duas tranças, a mulher casada usava uma ou nenhuma, dependendo de sua tribo.
Tranças representavam cultura e status social dentro das tribos indígenas
Algumas nativas iam além das tranças simples e usavam penteados mais complicados. As mulheres das tribos Cayuses e Kiowas usavam duas longas tranças laterais, as Wisconsin usavam uma trança baixa adornada com fitas, que ainda podiam ser dobradas e enfeitadas com fitas. Já as mulheres da tribo Navajo e Pueblo, usavam tranças torcidas na parte de trás da cabeça, formando uma espécie de coque chamado "chongo". Os homens também usavam o penteado e viam o cabelo com tanta importância que cortá-los, segundo a tradição indígena, significava tristeza ou vergonha profunda.
Além de diferentes desenhos, os cabelos ganhavam enfeites para as ocasiões festivas ou para chamar a atenção de possíveis companheiros. O uso de miçangas, tecidos, fitas e outros acessórios, transformou os índios nativos americanos em habilidosos tecedores, que levaram essa cultura para outras etapas de sua vida cotidiana, o que ajudou na confecção de cestas, roupas e outros objetos usados no dia-a-dia.
Matéria publicada em 07 de Abril de 2021, por Webedia.