As mulheres adoram transformar o visual, e mudar a cor dos cabelos é uma das formas preferidas para conquistar uma aparência renovada. No entanto, a tonalização dos fios não é novidade e, ao longo da história, foi uma das ferramentas definidoras de cultura, posição social, idade e, principalmente, auto-imagem. Desvende como a descoberta de formas para alterar a coloração natural dos fios se tornou um grande avanço na expressão pessoal.
Perucas eram artifício antes das colorações
Os cabelos pretos com corte chanel alongado e franja reta de Cleópatra são referência até os dias de hoje, e já nos anos de 1200, a Rainha do Egito era ícone para suas súditas. Para escurecer os fios, algumas egípicias usavam tinturas naturais, como kohl e henna, enquanto outras preferiam perucas. O artifício era o mesmo na Europa de 1500, quando outra rainha chamava a atenção por sua beleza. Os cabelos ruivos de Elizabeth I redefiniram o conceito de elegância do mundo ocidental.
Descobertas iniciais são usadas até os dias de hoje
Em 1863, August Wilhelm von Hofmann provocou uma verdadeira revolução na indústria de cosméticos. O químico descobriu as propriedades de coloração do PPD (parafenilenodiamina) - que domina o campo até os dias atuais, e suas pesquisas levaram à criação das tinturas artificiais para cabelo. Apenas quatro anos depois, estudos realizados em parceria entre o químico britânico E.H. Thiellay e o cabeleireiro francês Leon Hugot esclareceram os benefícios do peróxido de hidrogênio, que comparado a soluções alcalinas, provocava menos queda de cabelo.
Novos produtos facilitam o processo de tonalizar os cabelos
Se hoje em dia as tonalidades de loiro são febre entre as mulheres que mudam a cor dos cabelos é graças a Eugene Schueller, fundador do Grupo L'Oréal. O empresário francês foi o responsável por descobrir e comercializar, em 1907, a primeira tintura permanente oxidante, capaz de clarear a cor natural dos fios.
Daí em diante, a indústria de cosméticos não parou mais de desenvolver novas maneiras de facilitar o processo de quem desejava colorir os cabelos. Em 1931, o shampoo tonalizante se tornou um sucesso logo ao ser lançado, e, em 1953, o creme tonalizante permanente ofereceu uma maneira mais rápida de transformar o visual.
Indústria se reinventa com novas tecnologias
Com tantas novidades, a indústria de cosméticos se mantém sempre atenta às necessidades das consumidoras. Em 1980, os níveis de ingredientes ativos de tinturas semipermanentes precisaram ser reduzidos para prevenir a descoloração excessiva e diminuir a penetração do produto nos cabelos, de forma que a cor fosse formada apenas na superfície da fibra capilar.
Já no atual milênio, as inovações não pararam. Em 2003, pesquisadores criaram um método para reduzir os danos causados pela hidroxila e melhorar a formação da cor nos fios ao adicionar ácido etilenodiamina dissuccínico aos produtos tonalizantes. A substância quelante captura íons metálicos, de forma a prevenir a formação de cobre nos cabelos. Pouco tempo depois, em 2007, um novo descolorante foi desenvolvido. O produto diminuiu consideravelmente os danos causados à fibra capilar, além de reduzir o tempo necessário para tonalizar as madeixas para apenas dez minutos.
Matéria publicada em 3 de Fevereiro de 2021, por Webedia.