Especialmente durante o inverno, poucas dispensam um banho bem longo e quentinho para colocar a beleza em dia, com direito a hidratação capilar, esfoliação e tudo mais. Mas é precisamente nessa época que surge a pergunta: afinal, a água quente faz mal à pele? Para descobrir, o Beleza Extraordinária conversou com a dermatologista Flávia Addor, que esclareceu a dúvida e explicou como a alta temperatura do chuveiro pode afetar a saúde da derme. Confira!
Entenda como a água quente afeta a pele
O contato com a água quente pode ressecar a pele e causar irritações. De acordo com a dermatologista Flávia Addor, a alta temperatura potencializa os efeitos do sabonete sobre a derme: "a água quente tem um maior efeito desengordurante, removendo os lipídios naturais de nossa pele, portanto, tem um potencial de ressecamento, sobretudo quando o contato é demorado", explica. Por sua vez, a profissional indica que o resultado sobre a pele do rosto é semelhante, causando o chamado efeito rebote. "Como temos um maior número de glândulas sebáceas na face, o ressecamento leva a um maior estímulo das mesmas", declarou a dermatologista. "Nas peles oleosas, isso pode gerar irritação, descamação e até mesmo o 'efeito rebote'".
Conheça os efeitos da alta temperatura da água nos diferentes tipos de pele
Não é só a pele oleosa que pode sofrer com problemas causados pela água quente. A dermatologista Flávia Addor explica que nas peles normais, a alta temperatura da água pode causar o ressecamento e até gerar um quadro de pele seca e sensível dependendo da intensidade da exposição. Já para a de tipo seca por natureza, a especialista conta que as consequências podem incluir uma piora do ressecamento, gerando coceira e irritações, além do agravamento dermatites já existentes.
Veja alguns cuidados que você pode incluir na sua rotina de beleza para evitar o ressecamento
Para evitar que a pele fique ressecada devido à água quente, é preciso diminuir a temperatura do chuveiro. "A temperatura ideal seria morna, em torno de 25 a 30 graus", recomenda Flávia Addor. Não é preciso medir esse valor - basta checar se a água não está com uma sensação fria. A dermatologista acrescenta: "Como no inverno pode ser muito tentador aumentar a temperatura da água, o banho deveria ser o mais rápido possível e com o mínimo de sabonete, mesmo os mais suaves".
Também é importante não descuidar da hidratação, especialmente nessa época do ano. Se a preguiça for grande, procure produtos que possam ser utilizados no banho e invista em sabonetes menos agressivos. O protetor solar também deve ser usado diariamente, mesmo nos dias mais frios ou nublados.